Marido pede apoio da DPE para internar a esposa doente de esquizofrenia
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A família vive em situação precária em bairro da periferia de Porto Velho
Eronildes Correia da Conceição recorreu à Defensoria Pública do Estado (DPE-RO), por meio do Núcleo da Cidadania, para pedir apoio para internar sua esposa em uma clínica ou casa abrigo em virtude da mesma sofrer de esquizofrenia. Eronildes relatou que a situação está insustentável, uma vez que precisa cuidar também das filhas menores, uma delas L.R.C, 10 anos, portadora de doença mental.
Devido ao problema da mulher e da filha, Eronildes, que também sofre de epilepsia, deixou de trabalhar para cuidar de ambas. A família sobrevive do benefício que a menor recebe da Previdência, no valor de um salário mínimo.
Após o setor de assistência social e psicologia da DPE fazer o levantamento junto à família e constatar que a menor vive em condições precárias, o coordenador do Núcleo da Cidadania, defensor Sérgio Muniz, decidiu encaminhar relatório ao Conselho Tutelar para que a situação seja resolvida em parceria com esse órgão.

Além da esposa doente, Eronildo tem ainda duas filhas menores, uma delas com doença mental
A mãe ainda não recebe benefício, apesar de administrar medicamento para esquizofrenia desde os 17 anos. Atualmente ela tem 32 anos. Quando apresenta surtos, ela é internada na psiquiatria do Hospital de Base para tratamento clínico.
Já a menor é medicada todos os dias, no entanto vive praticamente presa em sua residência 24 horas por dia, em condições insalubres, saindo apenas para tomar banho e fazer suas necessidades fisiológicas. Ela se mantém nessa situação há um ano e meio.
A outra filha menor, que goza de saúde, estuda e ajuda nos afazeres domésticos. De acordo com o defensor público, a situação dela também é precária, em virtude de morar em área de risco.