DPGE participa de reunião com o presidente Michel Temer para falar de conflitos agrários em RO
Publicado em:

Marcus Edson de Lima integrou a comitiva em que estava o governador Confúcio Moura, o presidente da ALE, Maurão, o comandante da PM, coronel Enedy Dias de Araújo e a bancada rondoniense.
Em 2016, Rondônia foi o estado da federação com maior número de mortes envolvendo conflitos agrários, tanto da parte dos sem-terra, como dos fazendeiros e dos funcionários que atuam nas fazendas. “Precisamos encontrar uma solução em conjunto para que essa situação não se perdure, tornado-se, assim, insustentável”, declarou o DPGE.
São 106 áreas em atrito em 23 municípios. Nesses territórios estão acampadas 8.759 famílias, sendo que em 25% delas pode ocorrer violência de forma brutal. De acordo com Marcus Edson de Lima, a Defensoria Pública vem atuando, por meio da conciliação, para apaziguar esse cenário de hostilidade. Para tanto, nomeou dois defensores agrários para atuarem na região central do estado( Ji-Paraná), por ser o interior a região de maior demanda agrária.

O DPGE(Direita), o presidente Temer, o governador Confúcio Moura, o presidente da ALE, Maurão de Carvalho, junto com a bancada rondoniense
Para implementar o trabalho, a Ouvidoria Agrária Nacional doou um veículo para ser utilizado pela Defensoria Pública nas ações. Essa intervenção visando a pacificação no campo é executada junto aos movimentos sociais – Liga Camponesa, MST e a Pastoral da Terra, visando a reforma agrária.
Incra
No mês de setembro, o Incra propôs duas formas de atuação para resolver os conflitos: destinação de imóveis rurais para a reforma agrária e titulação definitiva em projetos de assentamentos. As ações envolvem vistorias, arrecadação de áreas, indenizações e titulação.
Esse trabalho, de acordo com o Incra, seria priorizado em dez fazendas, selecionadas segundo critérios como: grave conflito instalado ou iminente e nível avançado de andamento e instrução processual na Superintendência do Incra/RO. Essas áreas totalizam 25,5 mil hectares, que atenderão a 1.083 famílias.
O custo seria de aproximadamente R$ 25 milhões com a indenização das benfeitorias úteis e necessárias a serem pagos em moeda corrente e R$ 79 milhões com a indenização da terra nua, pagos por meio Títulos da Dívida Agrária (TDA).
Ascom DPE
Dados:Incra-RO