Em Roraima, programa Defensoria Sem Fronteiras chega a sua última etapa
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Esta é a última semana do projeto Defensoria Sem Fronteiras em Boa Vista, capital do Estado de Roraima, que reuniu, desde o dia 02 de outubro, uma força tarefa composta por 41 Defensores Públicos de todo o país para analisar processos de 2200 custodiados em cinco das seis unidades penitenciárias do Estado.
O enviado da Defensoria Pública de Rondônia foi o Defensor Público Gilberto Leite Campelo, que atua no Núcleo da DPE-RO em Ji-Paraná.
Fases do Projeto
O trabalho em Roraima foi dividido em três etapas. Na primeira semana, os Defensores Públicos analisaram os processos dos custodiados por meio de um sistema informatizado.
A partir do dia 09 de outubro, os Defensores Públicos iniciaram um revezamento para continuar as revisões processuais e para realizar atendimentos individuais às pessoas presas dentro das unidades prisionais, trabalho que segue até o próximo dia 20, sexta-feira.

Defensor Público Gilberto Campelo, enviado da DPE-RO para o Defensoria Sem Fronteiras em RR.
Até o dia 20 de outubro, alguns Defensores Públicos vão terminar as últimas análises processuais dos presos, ao passo que parte dos Defensores Públicos e servidores do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) farão os atendimentos in loco nas unidades. Ao final do força-tarefa, será produzido um relatório da situação carcerária do Estado de Roraima.
Defensoria Sem Fronteiras
O “Defensoria Sem Fronteiras” é um programa permanente do Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege), que reúne Defensores Públicos de todo o país para atuar em forças-tarefa para situações emergenciais.
O projeto já atendeu lugares como o Paraná, em 2014, nas cidades de Foz do Iguaçu, Londrina, Francisco Beltrão e Cascavel, totalizando 4 mil atendimentos e 9 mil processos analisados; Recife (PE) em 2015, mais de 5 mil custodiados atendidos; e, no mesmo ano, em Fortaleza (CE), onde foram atendidos jovens da Vara de Infância e Juventude.
Em janeiro de 2017, após os episódios que ficaram conhecidos como massacres nos em penitenciárias da região Norte e Nordeste do país, entre elas as de Manaus (AM) e do Estado do Rio Grande do Norte, firmou-se um termo de cooperação entre Ministério da Justiça e Segurança Pública, Condege e Defensoria Pública da União, com o apoio da Associação Nacional de Defensores Públicos (Anadep) e Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef) com validade de dois anos.
Os presídios do Rio Grande do Norte e Manaus foram os primeiros a serem atendidos após o termo. Em Manaus, 5600 pessoas presas tiveram seus processos analisados. No Rio Grande do Norte, foram analisados processos de 1200 presos provisórios.