Projeto ‘Meu Pai Tem Nome’ transforma vidas em Rondônia
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Na manhã do dia 17 de agosto, a Defensoria Pública do Estado de Rondônia (DPE-RO) foi palco de momentos que ficarão marcados na história de muitas famílias. Durante o mutirão de atendimentos do projeto “Meu Pai tem Nome”, uma iniciativa nacional do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege), os corredores da sede da DPE-RO testemunharam não apenas a realização de procedimentos legais, mas, principalmente, o reencontro de identidades e laços familiares.
Entre as diversas histórias que marcaram o dia, a de Maria Deordete se destacou pela emoção e significado. Maria, que aguardava ansiosamente pelo resultado dos exames de DNA de uma de suas filhas, finalmente recebeu a resposta que tanto esperava: a comprovação de paternidade. Quando o resultado foi entregue em suas mãos, as lágrimas que Maria tentou conter falaram mais do que mil palavras. Foi um momento de alívio, alegria e, acima de tudo, de vitória. Sua emoção comoveu a todos que estavam presentes, reforçando a importância e o impacto transformador deste projeto.
A parceria entre a DPE-RO e a Polícia Técnico-Científica do Estado de Rondônia (Politec) foi fundamental para o sucesso deste mutirão. Graças a essa colaboração, foi possível realizar exames de DNA, garantindo que dezenas de crianças e adolescentes tivessem o nome do pai reconhecido em seus registros de nascimento. Este é mais do que um dado técnico ou uma conquista legal; é o resgate de uma história, de um direito que muitas vezes é negado e que, com a ajuda da Defensoria Pública de Rondônia, pode ser restituído.
Os números do mutirão são expressivos e refletem o alcance e a relevância da ação. No dia 17 de agosto, um total de 147 atendimentos foram realizados em diversas localidades do estado, incluindo Porto Velho e as comarcas do interior. Quando somados aos atendimentos realizados durante as triagens anteriores, o número chega a 252, representando famílias que foram acolhidas e assistidas pela DPE-RO.
Os atendimentos foram distribuídos da seguinte maneira:
- DPE PVH/Sede (Tudo Aqui): 44 atendimentos
- DPE PVH/Zona Leste: 27 atendimentos
- Comarcas do Interior do Estado/RO: 76 atendimentos
Esse mutirão, mais do que uma ação pontual, reforça o compromisso da Defensoria Pública em garantir o acesso à justiça e aos direitos básicos de cidadania. O projeto “Meu Pai Tem Nome” vai muito além de um simples reconhecimento de paternidade; ele representa o resgate da dignidade, a possibilidade de reconstruir laços familiares e a promoção de uma identidade plena para cada cidadão envolvido.
O Defensor Público-Geral de Rondônia, Victor Hugo de Souza Lima, destacou a importância desse trabalho: “Cada reconhecimento de paternidade que realizamos aqui é um passo importante para fortalecer as famílias e promover a justiça social. Esse projeto é um exemplo claro de como a Defensoria Pública pode transformar vidas e devolver a esperança para tantas pessoas que buscam por seus direitos.”
O defensor público e coordenador do projeto no estado, Leonardo Werneck, acompanhou todos os processos e reforçou que esse tipo de atendimento na Defensoria é contínuo, mas que fortalecer a campanha, com as triagens e o Dia D, tem o objetivo de mudar o cenário familiar de tantas pessoas em Rondônia, dando oportunidade para que todos tenham seus direitos constitucionais e afetivos garantidos.
O diretor da Politec, Domingos Sávio de Oliveira da Silva, que esteve presente no dia da ação, destacou que participar desse projeto foi uma satisfação por colaborar e estender o braço aos que precisam. “O que nos traz tanta satisfação, é se colocar e atender as necessidades e demandas da nossa sociedade.”
Com histórias como a de Maria e seus filhos, a Defensoria Pública do Estado de Rondônia reafirma seu papel na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos os cidadãos tenham a oportunidade de viver com dignidade e respeito. O projeto “Meu Pai tem Nome” continuará a ser esperança para muitas outras famílias, resgatando histórias, unindo laços e transformando vidas.
Fotos: Alexandre Lucio Fernandes/DCOM
Texto: Larissa Zuim/DCOM
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