Defensoria Pública cria Núcleo Agrário visando à pacificação no campo
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O ouvidor agrário nacional, Gercino José entrega a chave do veículo ao defensor público-geral, Antônio Fontoura; ao seu lado o ex-defensor geral José Francisco Cândido
Com o objetivo de buscar a pacificação dos conflitos no campo, a Defensoria Pública de Rondônia (DPE-RO) criou, por meio de resolução, o Núcleo Agrário, designando como coordenador o defensor público João Verde, de Ji-Paraná. Nesta sexta-feira, 09, o ouvidor agrário nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho, esteve na sede da DPE para oficializar a doação de um veículo para ser usado exclusivamente nas ações agrárias executadas no interior do estado.
O trabalho que a Defensoria Pública vem desenvolvendo na solução dos conflitos agrários em Rondônia foi destacada pelo ouvidor agrário. De acordo com ele, diante do empenho nessa área por parte dessa instituição, a Ouvidoria Agrária Nacional está à disposição para fechar novas parcerias em benefício dos hipossuficientes do campo.

O defensor público João Verde foi designado para atuar exclusivamente na área agrária no interior do estado
José Francisco, cuja atividade como defensor público sempre foi focada no cone sul, disse que a demanda em Rondônia é consideravelmente grande. “Para suprir, seria necessário um defensor público no cone sul do estado, outro na região central e um terceiro em Guajará-Mirim”, observou.
Quilombolas/ribeirinhos
Antonio Fontoura esclareceu que o Núcleo Agrário foi criado considerando o histórico recente de conflitos violentos de grande repercussão na zona rural de Rondônia, aliado à grande demanda proveniente de áreas de disputa por terra em todo o território de atuação da Defensoria Pública. “Pretendemos estender o trabalho aos grupos vulneráveis, como os quilombolas e ribeirinhos”, esclareceu.

O ouvidor agrário destaca o trabalho que a Defensoria Pública vem realizando na área agrária
O defensor público designado para essa função intervirá judicial e extrajudicialmente nas zonas de conflitos, promoverá ações coletivas que visem a garantia de direitos sociais como o acesso a terra, à moradia, à educação, à saúde e ao transporte.
E ainda, acompanhará o cumprimento de mandados de busca e apreensão, reintegração, manutenção e emissão de posse, solicitará,quando necessário, a instauração de inquérito policial para investigar atos de violência contra trabalhadores rurais legalmente necessitados.