CNJ destaca trabalho da Defensoria na execução penal
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O defensor público Hans Lucas é o responsável pela execução penal
Segundo o relatório, a casa de detenção não é mais palco de sangue que o estigmatizou como um dos mais violentos presídios do Brasil. No seu interior, não ocorrem mais massacres, e esquartejamento humanos. “Um sinal positivo de que é possível superar o caos nas unidades prisionais”, diz o documento.
Porém, o CNJ faz uma ressalva ao afirmar que a exigência da Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA, de garantia de direito à vida, integridade e proteção dos presos sob custódia nessa unidade prisional, não está sendo cumprida.
De acordo com o relatório, presos estão adoecendo e morrendo de forma silenciosa e anônima, pela falta de atendimento médico-hospitalar adequado e pela ausência de medicamento básico nas unidades de prisionais.
“O direito à saúde e a vida é garantido a todos. E os apenados não devem ser colocados pelo Estado e pela sociedade em uma escala discriminatória quanto ao merecimento destes direitos”, destaca o documento.

Equipe do CNJ durante inspeção no Urso Branco em fevereiro deste ano
“Deveríamos disponibilizar pelo menos dois defensores públicos para atuar na execução penal, mas devido ao orçamento reduzido, só temos condições de manter um nessa área – isso faz com que trabalho termine sendo prejudicado por conta da grande quantidade de presos que precisam de atendimento”, ressalta o defensor público-geral.
Recomendações
No relatório, o Conselho Nacional de Justiça sugere ao Poder Executivo que aumente em pelo menos 60 o número de agentes penitenciários no Urso Branco no prazo de seis meses e que o atendimento de saúde nas unidades, no que tange aos profissionais e aos medicamentos, seja regularizado dentro de dois meses.

De acordo com o relatório, presos estão adoecendo e morrendo de forma silenciosa e anônima
Ao Judiciário, CNJ recomenda o efetivo funcionamento do grupo de monitoramento carcerário e a reativação do Programa Começar de Novo.