Para melhorar a sua experiência na plataforma e prover serviços personalizados, utilizamos cookies. Ao aceitar, você terá acesso a todas as funcionalidades do site. Se clicar em "Rejeitar Cookies", os cookies que não forem estritamente necessários serão desativados. Para escolher quais quer autorizar, clique em "Gerenciar cookies". Saiba mais em nossa Declaração de Cookies.

Pular para conteúdo principal

Porto Velho: Ouvidoria-Geral da DPE-RO participa de plenária de escuta ativa das comunidades camponesas do distrito de Rio Pardo

Publicado em:

A Defensoria Pública do Estado de Rondônia, por meio de sua Ouvidoria-Geral externa, realizou na última quarta-feira, 10, uma plenária de escuta ativa das comunidades camponesas do distrito de Rio Pardo, pertencente a Porto Velho, representadas pela Associação Rural do Bom Futuro (ARBF), composta por famílias remanescentes da Floresta do Bom Futuro.

O evento foi realizado em parceria com a Comissão de Direitos Humanos da Seccional Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil e também contou com a presença de representantes da Defensoria Pública da União, Incra, Ministério Agrário, Sedam, ICMBio, Seas, Semur, Ministério Público Federal, Pastoral da Terra, Superintendência dos Povos Iniciais de Rondônia, Copin-RO e Comissão do Direito Agrário da OAB-RO.

Presentes na plenária estavam a Ouvidora-Geral externa da Defensoria Pública, Amanda Michalski, e o defensor público David Ramalho Herculano Bandeira. De acordo com a Ouvidora-Geral da Defensoria Pública, o órgão recebeu reclamações e denúncias de supostos casos de violência cometidos contra moradores que vivem em terras indígenas e também contra habitantes da região do distrito de Rio Pardo.

Amanda Michalski reforçou a importância de ações como a plenária de escuta ativa. “A Ouvidoria-Geral externa tem buscado aproximar a sociedade das instituições e órgãos púbicos cada vez mais, uma vez que a dinâmica da troca de ofícios entre instituições para que possam ter ciência desses tipos de denúncias reflete um certo distanciamento do cidadão e cidadã. Dessa maneira buscamos levar à população a apuração devida de suas manifestações junto à Defensoria Pública”, explica.

Após a discussão dos assuntos na plenária, a Ouvidoria-Geral externa da DPE-RO comprometeu-se a apresentar um relatório consubstanciado das denúncias de violência recebidas para que os órgãos ambientais possam tomar as devidas providências.

Além disso, outros órgãos, como o Incra e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, também se comprometeram a acompanhar as informações e contribuir de acordo com suas competências. A Comissão de Direitos Humanos da OAB, por sua vez, se comprometeu em manter o acompanhamento juntos às comunidades e povos indígenas, enquanto a Sedam se colocou à disposição para realização de projetos voltados a educação ambiental.

O defensor público David Herculano, presente na plenária, também pontuou a situação dos povos indígenas. “Não se pode ignorar uma constatação elementar: as normas de proteção ambiental existem em razão da descomedida degradação ambiental realizada, historicamente, pela população não indígena, esta que angariou os benefícios econômicos daí decorrentes. Diferentemente, a população indígena, além de não ser destinatária das referidas benesses, sofreu – e muito mais intensamente – os prejuízos causados pela degradação ambiental. A aplicação da legislação ambiental sancionatória aos povos indígenas, de forma irrestrita, implicaria evidente injustiça ambiental”.