DPE: aumenta o consumo de drogas entre os jovens da zona rural de São Miguel
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Está aumentando o consumo de drogas entre os jovens da zona rural de São Miguel do Guaporé, Município que fica a 519 quilômetros de Porto Velho. Eles alegam, ao serem atendidos pela Defensoria Pública naquela cidade, que ao consumirem a droga, ficam com mais disposição para produzir, chegando a colher dez sacas de café, em lugar das cinco que colhem em condições normais.
Porém, quando são presos, boa parte deles se mostra arrependidos e pedem apoio para fazerem o tratamento. No depoimento, esses jovens afirmam que ao entrarem para o mundo das drogas, não têm noção do estrago que os entorpecentes acarretarão na vida pessoal e familiar.
A assessora de defensor Katicilene Lima, que atua no Núcleo da DPE em São Miguel, revelou que apesar da vontade que muitos têm de deixar o consumo das drogas é difícil a recuperação, uma vez que o Município não dispõe de casa de apoio aos viciados. “Precisamos recorrer às poucas instituições religiosas que atuam no tratamento nos Municípios de Ji-Paraná e Vilhena, mas é raro conseguirmos uma vaga”, ressaltou.
Ainda segundo Katicilene Lima, o consumo de entorpecentes está levando também o Município a apresentar um índice considerável de furtos em residências do setor urbano. “Geralmente esses jovens cometem os furtos para manterem o vício das drogas”, declarou.
Ela explicou que em virtude dos jovens morarem na zona rural, se torna mais complicado para a polícia descobrir o tráfico. De acordo com a assessora, normalmente eles são pegos quando se dirigem à cidade para comprar ou vender drogas. “Nas entrevistas que fazemos é fácil detectar que esses jovens são induzidos facilmente pelos traficantes por desconhecerem o perigo que as drogas representam”, disse.
Atendimento
O Núcleo da DPE naquele Município atende uma média de 20 assistidos ao dia, tanto da zona rural como urbana. A partir de agora, com a inauguração há pouco mais de uma semana do posto de atendimento em Seringueiras, cidade vizinha a São Miguel, essa demanda deve diminuir.
A maior demanda é na área da família, com foco em pensão alimentícia e divórcio. Em terceiro está o atendimento criminal, especialmente por conta das drogas e violência doméstica.
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